Bem-estar

5 grandes mitos sobre compartilhar a cama com o bebê para considerar antes comprar um berço



Este é um assunto um tanto quanto controverso, mas vamos fazer um exercício de imaginação.

O bebê nasceu vocês compraram um berço, preparam o quartinho dele e ciclo começa:

 

·      bebê chora;

·      pais acordam;

·      buscam o bebê;

·      bebê mama;

·      colocam bebê para arrotar;

·      trocam a fralda do bebê;

·      colocam bebê para dormir;

·      deitam na cama e dormem por 30 minutos;

·      volte 8 casas. Recomece o ciclo.

 

Compartilhar a cama com o bebê incialmente pode resolver esse problema de logística, e melhorar a qualidade do sono de todos. É claro que ele não poderá permanecer na cama dos pais por anos. Determinar o espaço individual de cada um é uma necessidade para todos, mas isso deve ser feito em pequenas etapas.

 

Compartilhar esses momentos com o bebê na cama pode ser extremamente prazeroso, principalmente para o pai que, na maioria das vezes, acabam ficando menos tempo com o filho.

 

Alguns mitos em relação a esse assunto fazem com que muitos pais tenham receio de manter o bebê na cama do casal, mas vamos derrubá-los a seguir e apresentar os prazeres de uma cama familiar.

 

1 – Acaba com a intimidade do casal

Sem dúvida está é a maior preocupação dos casais quando falamos de cama compartilhada.

 

Mas e o resto da casa? Temos a sala, banheiro, área de serviço, banheiro de empregada, quintal e até a cozinha. Com certa dose de criatividade, é possível explorar outros lugares tão bons quanto a cama. Esse misto de criatividade e exploração, na verdade, costuma fazer muito bem para o relacionamento do casal.

 

2- O casamento afunda

Esse mito é quase que um complemento do primeiro. Alguns casais imaginam que dividir a cama com o bebê pode arruinar um casamento, já que não existe mais intimidade. Mas como falamos no mito 1, não falta lugar para ter momentos de intimidade, basta um pouquinho de criatividade.

 

Ainda assim, é comum colocar a culpa de um casamento fracassado na cama compartilhada, mas dificilmente casamentos acabam por conta de camas. Um casamento acaba por uma infinidade de fatos anteriores, que explodem quando somos levados ao extremo, por todos os desafios que ser mãe/pai pode trazer.

 

Bebês não salvam casamento algum. Ao contrário, as dificuldades de criar uma vida nos leva a exaustão e ao limite. Isso pode fazer com que um casamento ruim acabe. O casamento é uma relação entre dois adultos, não podemos colocar essa responsabilidade em nos nossos bebês.

 

3 – Ele terá dependência emocional

Este é um assunto que pode render muito texto, mas vamos tentar manter isso simples e prático.

 

Ninguém é completamente independente emocionalmente, nós vivemos em sociedade e isso quer dizer que dependemos uns dos outros, sempre. Além disso, nos primeiros anos de vida do bebê, ele é muito dependente dos pais, e tudo bem, ele é um bebê.

 

Essa dependência é importante para que ele se desenvolva e aprenda a viver em sociedade. Dormir junto com os filhos, proporciona uma segurança adicional apenas em relação ao sono.

 

4 – Nunca mais sairá da cama dos pais

Este é um dos maiores medos dos pais quando falamos de camas compartilhadas. É algo realmente importante a se considerar, a criança precisa se desenvolver física e emocionalmente, mas esse é um processo natural que vai acabar acontecendo.

 

É importante verificar os sinais da criança quando ela está buscando o seu próprio cantinho e fornecer o necessário. Não adianta fingir que não entendeu e esperar que digam com todas as letras que querem uma cama só deles. Quando compartilhamos a cama com o bebê podemos ficar tão apegados quanto eles. Mas é preciso estar sensível aos sinais para ajudá-los a criar seu próprio cantinho.

 

5 – Aumenta o risco da morte súbita

Esse tópico é realmente o mais temido, é difícil imaginar a dor de perder um bebê, mas a cama compartilhada não tem nada relacionado com casos desta tragédia.

 

Já existem vários estudos e pesquisas que afirma como sendo positivo o sono compartilhado, que inclui a redução de até 50% no risco de morte súbita.

 

O principal motivo é que a mãe tem ciclos de sono mais leves e se mantém mais alerta ao bebê. Ou seja, se o bebê engasga ou tem dificuldade na respiração, a mãe que dorme com ele tem mais chances de perceber isso do que a mãe que dorme em outro cômodo.

 

Vai adotar a prática?

Gostou da ideia de manter o seu bebê mais seguro? Quer adotar a prática de cama compartilhada? Não esqueça das recomendações de segurança. Mantenha o quarto fresco, não use cobertores e almofadas, deixe o bebê entre mãe e parede e use colchões firmes. Esses cuidados vão garantir que dormir com o seu bebê seja tão seguro quanto gostos.