Bem-estar
5 grandes mitos sobre compartilhar a cama com o bebê para considerar antes comprar um berço
Postado em: 15/05/2019 às 16:32 | Atualizado em: 15/05/2019 às 16:32
Este é um assunto um tanto quanto controverso, mas vamos fazer um
exercício de imaginação.
O bebê nasceu vocês compraram um berço, preparam o quartinho dele e ciclo
começa:
· bebê chora;
· pais acordam;
· buscam o bebê;
· bebê mama;
· colocam bebê
para arrotar;
· trocam a fralda
do bebê;
· colocam bebê
para dormir;
· deitam na cama e
dormem por 30 minutos;
· volte 8 casas. Recomece
o ciclo.
Compartilhar a cama com o bebê incialmente pode resolver esse problema
de logística, e melhorar a qualidade do sono de todos. É claro que ele não
poderá permanecer na cama dos pais por anos. Determinar o espaço individual de
cada um é uma necessidade para todos, mas isso deve ser feito em pequenas
etapas.
Compartilhar esses momentos com o bebê na cama pode ser extremamente
prazeroso, principalmente para o pai que, na maioria das vezes, acabam ficando
menos tempo com o filho.
Alguns mitos em relação a esse assunto fazem com que muitos pais tenham
receio de manter o bebê na cama do casal, mas vamos derrubá-los a seguir e
apresentar os prazeres de uma cama familiar.
1 – Acaba com a intimidade do casal
Sem dúvida está é a maior preocupação dos casais quando falamos de cama
compartilhada.
Mas e o resto da casa? Temos a sala, banheiro, área de serviço, banheiro
de empregada, quintal e até a cozinha. Com certa dose de criatividade, é
possível explorar outros lugares tão bons quanto a cama. Esse misto de
criatividade e exploração, na verdade, costuma fazer muito bem para o
relacionamento do casal.
2- O casamento afunda
Esse mito é quase que um complemento do primeiro. Alguns casais imaginam
que dividir a cama com o bebê pode arruinar um casamento, já que não existe
mais intimidade. Mas como falamos no mito 1, não falta lugar para ter momentos
de intimidade, basta um pouquinho de criatividade.
Ainda assim, é comum colocar a culpa de um casamento fracassado na cama
compartilhada, mas dificilmente casamentos acabam por conta de camas. Um
casamento acaba por uma infinidade de fatos anteriores, que explodem quando
somos levados ao extremo, por todos os desafios que ser mãe/pai pode trazer.
Bebês não salvam casamento algum. Ao contrário, as dificuldades de criar
uma vida nos leva a exaustão e ao limite. Isso pode fazer com que um casamento
ruim acabe. O casamento é uma relação entre dois adultos, não podemos colocar essa
responsabilidade em nos nossos bebês.
3 – Ele terá dependência emocional
Este é um assunto que pode render muito texto, mas vamos tentar manter
isso simples e prático.
Ninguém é completamente independente emocionalmente, nós vivemos em
sociedade e isso quer dizer que dependemos uns dos outros, sempre. Além disso, nos
primeiros anos de vida do bebê, ele é muito dependente dos pais, e tudo bem,
ele é um bebê.
Essa dependência é importante para que ele se desenvolva e aprenda a
viver em sociedade. Dormir junto com os filhos, proporciona uma segurança
adicional apenas em relação ao sono.
4 – Nunca mais sairá da cama dos pais
Este é um dos maiores medos dos pais quando falamos de camas
compartilhadas. É algo realmente importante a se considerar, a criança precisa
se desenvolver física e emocionalmente, mas esse é um processo natural que vai
acabar acontecendo.
É importante verificar os sinais da criança quando ela está buscando o
seu próprio cantinho e fornecer o necessário. Não adianta fingir que não
entendeu e esperar que digam com todas as letras que querem uma cama só deles.
Quando compartilhamos a cama com o bebê podemos ficar tão apegados quanto eles.
Mas é preciso estar sensível aos sinais para ajudá-los a criar seu próprio
cantinho.
5 – Aumenta o risco da morte súbita
Esse tópico é realmente o mais temido, é difícil imaginar a dor de
perder um bebê, mas a cama compartilhada não tem nada relacionado com casos
desta tragédia.
Já existem vários estudos e pesquisas que afirma como sendo positivo o
sono compartilhado, que inclui a redução de até 50% no risco de morte súbita.
O principal motivo é que a mãe tem ciclos de sono mais leves e se mantém
mais alerta ao bebê. Ou seja, se o bebê engasga ou tem dificuldade na
respiração, a mãe que dorme com ele tem mais chances de perceber isso do que a
mãe que dorme em outro cômodo.
Vai adotar a prática?
Gostou da ideia de manter o seu bebê mais seguro? Quer adotar a prática
de cama compartilhada? Não esqueça das recomendações de segurança. Mantenha o
quarto fresco, não use cobertores e almofadas, deixe o bebê entre mãe e parede
e use colchões
firmes. Esses cuidados vão garantir que dormir com o seu bebê seja tão seguro
quanto gostos.